1) Não vejo o interesse em adoptar aqui o sentido Inglês (a ser esse) do termo revisionismo. Este encontra-se perfeitamente definido, quer no debate público, quer no debate especializado em Português, tem matizes de Esquerda e de Direita (e na questão do fascismo, sobre a qual
Bruno Cardoso Reis parece ter ficado sem vontade procurar respostas a perguntas, há revisionismo de ambos os lados) e distingue-se do negacionismo que, na tradição alemã, nega o holocausto e, mais recentemente, na tradição anti-Ocidental, nega o 11 de Setembro. Por aqui, não tenho nada a acrescentar ou a retirar ao que já escrevi, rever a história é próprio da historiografia, dizê-lo seria redundante, revisionismo é (para toda a gente) outra coisa.
2) Eu não disse (se disse foi por lapso e corrigi-lo-ei se me indicarem onde o fiz) que rever o passado, como nas «análises» (sim, entre aspas) que deram origem a esta discussão (sobre as «análises», o
Daniel Melo já explicou quais são, para que o BCR não se perca), é ilegítimo. Digo que são leituras tendenciosas e que se apresentam como se fossem muito originais e corajosas (contra um politicamente correcto inexistente entre nós, ao contrário do mundo de língua inglesa) quando, na realidade, são velhas e constituem uma versão académica mas pouco científica (pouco objectiva e pouco rigorosa) do desejo do Zé-povinho «haja quem mande!», que tão bons resultados nos tem dado.
3) Mas quero terminar esta discussão (suponho que tenha chegado ao seu termo) agradecendo a oportunidade de postar a imagem aqui ao lado, que descobri por uma pista do
Fernando Venâncio,
aqui. Ainda me estou a rir.
CL