Já fui acusado em vários sítios (
aqui,
aqui e
aqui, por exemplo) de ser demasiado pessimista quanto às chances do Sporting. Não mudei de ideias desde a última vez que escrevi sobre o caso, acho que com a reviravolta tardia no Porto essas chances melhoraram. Mas só a nível interno, um campeonato pequeno. Optimista, nem com árbitros como o de ontem mudo de ideias.
Como ontem se viu, com a equipa demasiado defensiva da primeira parte, Paulo Bento parece ser um treinador bom para equipas pequenas: cria espírito de grupo, jogo colectivo, equipas atacantes. Mas quando apanha com estrelas do outro lado, encolhe-se. Repito: na Liga dos Campeões, aquela defesa (Ricardo e Polga em particular) é um acidente em cadeia à espera de acontecer, como ontem se viu. O meio campo não filtra melhor com Paredes e Custódio juntos, só ataca pior. E no ataque, Bueno e Deivid são nulos e Liedson demasiado leve. Faltam um trinco e um avançado centro com peso. E os miúdos ainda precisam de crescer muito. Talvez se cairmos na UEFA em Dezembro façamos boa época...
E já agora: aquilo foi o jogo de apresentação do Inter, que apresentou todos os jogadores. Do Sporting... a sensação Dajló não entrou, o renovado Douala ficou a ver Bueno e Deivid, Farnerud marcou em Espanha mas o lentíssimo Paredes é que joga... Mesmo Ronni, Romagnoli e Veloso só entraram no fim. Mal na equipa, mal nas substituições! Se não perdemos, foi por sorte (duas bolas nos postes) e por o Inter não ter forçado.
Mas o que me irrita mais nem é tudo isto, que é previsível. É sobretudo a euforia com um empate a zero, que é bem o símbolo da nulidade das celerações do ano de centenário sem ganhar nada. Pronto, digam lá que exagero, espero bem que tenham razão.
CL