Apesar de não ter mudado de opinião, um diálogo com um leitor (Roberto Gorjão, autor do blog castelosnoar) e várias discussões em curso estão a contribuir para duvidar um pouco da minha descrença nas caixas de diálogo. De vez em quando há mesmo diálogo... Como testemunho, uma parcela de uma conversa a decorrer no Aspirina B, em torno de um post de Fernando Venâncio («Bombardear, claro!», de 5 de Agosto).
«Caro Fernando,
De acordo, há aproveitamento. Uma ofensiva desta envergadura é claramente preparada e depois lançada quando há um pretexto. Mas do que se trata aqui é de duas guerras por procuração: uma entre Israel e a Síria (as Quintas «doadas» ao Líbano, os Montes Golã), outra entre EUA e Irão (nuclear, terrorismo). Ao contrário (saliento isto) do que sucede na Palestina, aqui não me custa alinhar por um lado, apesar das mortes e deslocamentos (que também as há em Israel, e por serem menos não são menores): estou por Israel e EUA, embora não seja pelas armas que vão vencer. Elas não passam de preparação do terreno, passe a crueldade de dizer isto assim. A Guerra Fria ainda está bem viva em certas partes do mundo.»
É um exemplo entre outros, do gaspacho ao fascismo, passando pela arte de linkar. Curiosamente é na altura em que (supostamente) há menos leitores/autores que duvido de uma das coisas que tenho por mais certas no que toca a blogs. Mas ainda não mudei de ideias relatvamente ao que escrevi há uns tempos em «o papel do intelecto nos blogs» (I e II).
CL