Não, não é um post sobre o festival erótico na FIL.
Só uma dúvida que regularmente me assalta, agora a propósito da entrevista (ontem) de Maria João Avillez a José Sócrates: por que motivo as entrevistadoras televisivas deste país são todas tão más?
Exagero? A meu ver o único sinal de racionalidade neste problema das mulheres entrevistadoras foi dado pelos terríveis espanhóis que compraram a TVI para dar cabo dos valores lusitanos que esta tão bem cultiva(va), quando puseram fora do ecran a horrorosa Moura Guedes. Mas basta pensar nas outras: a Marante, a Avillez, até - o George que me perdoe - a Constança. Tanto vazio e peneiras tão hipercompensado com trivialidades e má educação. Sócrates, ontem, teve de se conter.
E as «culturais»? A soporífera Sousa Dias, a vulgaríssima Ferreira Alves e a tonta Mota Ribeiro? Querem mais triste?
Bem sei que em alguns casos há explicações lógicas, como a «gentrification» da Bárbara quando se juntou ao então ministro da Cultura, similar a um caso mais recente, aliás. Bem sei que também há muitos jornalistas péssimos.
Mas o ponto é outro: jornalistas, entrevistadores, comentadores, etc. no masculino há óptimos e péssimos; no feminino, o péssimo predomina de tal modo que parece ser o único que tem procura. O destaque a dar às mulheres depende de reproduzirem o pior dos homens?
O irónico é que as aterantivas seriam boas, mas andam desperdiçadas em horários impensáveis (como Fernanda Freitas, que apresenta um programa no canal 2 às 14h dos dias de semana) e em funções anódinas (Teresa Pina, na SIC Notícias).
Mesmo assim há excepções à regra, como Clara de Sousa? Sim, mas não devia chegar.
CL