Confesso que, para variar, concordo com a escolha editorial jornalística: o Mundial é bem mais importante que a remodelação. Freitas, como qualquer MNE, não decidia coisa nenhuma, e o Mundial mexe com as expectativas e os hábitos do país todo. Por isso mesmo a remodelação foi anunciada agora, para não parecer mais importante do que (não) é. Nada muda, até o Prof. Marcelo se volta a enganar, como de costume, depois de prever que Seixas da Costa ocuparia o MNE após a presidência portuguesa da UE...
Só uma observação: ao contrário do que FAL escreveu no Corta-Fitas, Severiano Teixeira está agora no seu terreno; no segundo governo de Guterres é que esteve adaptado à Administração Interna, depois de no primeiro ter estado à frente do Instituto de Defesa Nacional (salvo erro), e de, entretanto, ter continuado a sua carreira universitária em História e Relações Internacionais em torno de questões de identidade e defesa (sobre as quais escrevia regularmente no
DN). Mas isto é um pormenor, claro. Tanto a Defesa como os Negócios Estrangeiros não dispõem de real autonomia política e, em rigor, só estranho ninguém se perguntar se não seria melhor fundi-los num só Ministério.
Pensando bem, é até boa altura para Freitas sair, depois da sua inspirada sugestão de se criar uma competição futebolística euro-árabe para resolver conflitos pendentes. Siga o Mundial.
CL