Duas notícias recentes trouxeram-me a Austrália ao pensamento. E pelas melhores razões. Para quem, como eu, só consegue ler deitado (na cama, na praia, na banheira; sim, sou um bárbaro, não tenho respeito nenhum pelos livros, risco-os – com lápis, caneta, feltro, tinta permanente, da China, o que tiver à mão – e borrifo-os com pingos grossos cheios de espuma), um estudo da Universidade de Camberra concluiu que os seres humanos pensam melhor deitados do que em pé. Depois de realizados alguns testes, o Prof. Don Byrne provou os efeitos nefastos da NORADRENALINA, uma hormona natural do cérebro que baralha a atenção e o raciocínio: quando estamos em pé e em stress a NORADRENALINA aumenta. Conclusão: o Aristóteles não percebia nada de filosofia.
A outra notícia, depois de ter visto os
Sete Palmos de Terra (o que me ri hoje com o
tupperware que o George recebeu pelo correio), vem mesmo a calhar: uma empresa australiana, a Palacom, vai começar a enterrar os mortos na vertical para economizar espaço e poupar o ambiente (?). A ideia é sepultar, na vertical e a três metros de profundidade, os cadáveres dentro de um saco mortuário. Conclusão: tudo indica que os responsáveis da empresa leram o Philip K. Dick do
Relatório Minoritário.
Mas o mais importante destas notícias é que finalmente percebi por que é que o Nuno Júdice escreveu
Felicidade na Austrália e a Luísa Costa Gomes
A Minha Austrália. E eu que pensava, quando os li, que tinha enfiado o barrete...