Reparei hoje que o leitor Carlos F. J. Sampaio endereçou uma carta, mais uma, ao
Público, intitulada «Notas de Campanha». Confesso que estes leitores me fascinam. Eu gostava de saber, de pessoas como Carlos F. J. Sampaio, Augusto Kuttner de Magalhães ou A. João Soares, para referir apenas alguns dos mais conspícuos, eu gostava de saber, dizia, o que fazem, onde vivem, o que lêem, se pagam impostos, enfim, se gostam de
João Pedro George. Gostava que o «Zapping» ainda existisse, mas só por causa disso. Aparentemente, dado já escreverem cartas denominadas «Notas de Campanha», já para não falar da periodicidade com que o fazem, estes leitores têm de si próprios a imagem, de todo não desadequada, de cronistas do jornal que lêem. Eles são cronistas sim senhor, tanto quanto o são Barreto, Prado Coelho ou Helena Matos. Eles já escrevem como os cronistas (ou pelo menos usam-lhes os títulos), eles escrevem, até, com maior regularidade que os cronistas, com a excepção dos da
Capital. Ora, esta última observação sugere a possibilidade de Carlos F. J. Sampaio, Augusto Kuttner de Magalhães e A. João Soares serem heterónimos de jornalistas do
Público, que vêem assim ampliado o seu espaço para opinar. Será Kuttner Ana Sá Lopes? João Soares Eduardo Dâmaso? F.J. Sampaio Bruno Prata? Ou serão heterónimos colectivos da redacção? É uma possibilidade a não descartar. A verdade é que há muito tempo que esses nomes são sempre os mesmos, como na Bancada Central, como no Fórum da TSF e no Canal SMS e que, como na Bancada Central, no Fórum da TSF e no Canal SMS, são uns chatos.
Um vosso leitor atento,
Rui