Rodrigo,
e se eu dissesse que
os teus posts são uma balbúrdia, retraços de ciência apanhados a dente, mal mascados, fruto de um cérebro atrapalhado como armazém de adeleiro, golfos de bolo não desmoído, coisas apocalípticas, muito desatadas, em prosa deslavada, derreada, enxarciada de galicismos, caótica, apontoado enxacoco de retalhinhos apanhados à toa numa canastra de apontamentos baralhados e atirados ao prelo se calhar não te chateavas nada, hom’essa, e até achavas piada ao facto de ter ido buscar o Camilo a bater no Teófilo para reinar amigavelmente contigo. Ou chateavas-te? Não, lá está, porque suspeitavas que era uma coisinha bem escrita e criativa e, quiçá, montes de impecável. E sei bem que se te acusasse de escreveres com offenbachiana parlapatice majestosa seguramente me convidarias logo para jogar futebol de cinco com a malta nos Corochéus à terça à noite. Mas, repara, ainda que te irritasses, eu não teria sequer aproximado aquilo que a Mónica fez: um ataque pessoal, pouco ético, e nada estético. A não ser que discordes disto, e então – pá – Deus nos livre de seres em política como és em estética.
Rui