Gosto desta entrada recente da Alta Autoridade para a Comunicação Social no imaginário comum dos portugueses. Sempre achei misterioso o nome da instituição, digno de reverência. Mas os seus rostos nunca apareciam (como, aliás, convém às figuras mitológicas do poder). Durante anos, só éramos abençoados com comunicados, esporádicos, para mais, corridos em grafismos discretos no final dos telejornais e lidos por uma voz com mais gravidade e seriedade que a de Darth Vader revelando a Luke Skywalker que era seu pai.
Agora, com toda esta saga, pudemos conhecer os traços fisionómicos de alguns dos seus membros. São humanos, como nós. Não têm três metros de altura nem lançam labaredas de fogo pela boca quando abandonam as paredes do seu castelo no cume de uma montanha inacessível.
Acho bem. A identificação é mais fácil e, assim, enquanto as crianças vão crescendo, sempre podem sonhar ser parte do grupo, uma espécie de X-Men cá de casa.
Por enquanto, a AACS só poderá estar ao serviço dos pais: “Olha que se não comes a sopa eu chamo a Alta Autoridade!!” E lá comem, apessadamente, os miúdos o creme de cenoura, sob pena de serem chamados a uma audição.
Alexandre