Agora que já nos insultámos ao telefone (com termos e uma violência que ninguém na blogosfera irá conhecer), posso enfim quebrar esta regra mínima de não me dirigir aos amigos pelos blogs (para, no fundo, não transformar isto num chat de intimidades) e dizer-te que estás à vontade para glosares essa magna obra que encontraste numa privilegiada estante da Barata. Encontrarás muitas frases ridículas (se quiseres, posso ajudar-te a isolá-las) e um sentimentalismo que já não se atura nas miseráveis letras deste país. Mas atenção: cedo, perceberás que o génio poderá um dia explodir no meio dessa suave porcaria. E, já que estamos no território da ameaça, faço-te uma também. Nas minhas andanças de metro, entre senhoras cercadas de sacos de plástico e homens em pulgas para ir ver o "Preço Certo em Euros", tenho lido o livro das crónicas do Pacheco que tu compilaste. Já isolei no meu bloquinho Castelo alguns ditames do Luizinho - e descansa que o teu prefácio não será esquecido. E, já sabes, se quiseres tomar um café, combinar um karaoke ou ouvir um conselho sobre o amor e a sinusite, não postes. Me liga, sim? Nuno