ESPLANAR

JOÃO PEDRO GEORGE
esplanar@hotmail.com

sexta-feira, novembro 26, 2004

 

Felizmente havia outro

É pá, um gajo pode ter muitas gajas. Ou muitas gajas podem possuir um gajo. Um gajo pode gostar de comida tailandesa ou finlandesa ou só da mãezinha. Ser contra o sistema métrico. Um gajo pode gostar do Vasco Granja, do Vasco Gonçalves ou do País Vasco. Ler Feuerbach e ouvir Clemente. Estar demente. Um gajo pode ter três telemóveis, um ror de amantes, múltiplas personalidades. Carros. Chaves. Seguros de vida. Um gajo pode até ser padre. Gostar mais do Lennon, ou mais do Harrison ou mais do Paul. Ter como banda favorita os Peter, Paul & Mary. Ler a Bíblia. Ter andado no Externato Luso-Soluço. Ser um urso. Um gajo pode andar nos trocadilhos anónimos ou nos escuteiros. Fazer um crisma e depois outro. Um gajo pode ter manias esquisitas e manas esquisitas. Pode ter tido um cão chamado Brás Cubas. Ter gostado de ir à China e nunca ter saído do Cais do Ginjal. Um gajo pode e deve ambicionar ter Curzio Maltese por pseudónimo. Ou chamar-se António. Mas o que um gajo tem de certeza só um, e sempre o mesmo, e usa sempre esse até se estragar é – um único cinto. O meu morreu ontem. Rui



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