É da minha vista ou a habitual compaixão que rodeia a necrologia já está a funcionar no caso do líder da OLP? As crónicas dos jornais, as peças televisivas, os comentários dos analistas, enfim, tudo aquilo que se tem dito e escrito nos Media acerca de Yasser Arafat, nos dias do seu fim, é, na melhor das hipóteses, cobarde na sua neutralidade, ou, na pior, um elogio fúnebre.
Não tenho opinião sobre o conflito israelo-palestiniano e creio, aliás, que nunca a virei a ter. Não há razões já nesta guerra – há muitos anos que ambas as partes as terão perdido. Mas Arafat foi um dos grandes terroristas do século XX e o momento em que o agraciaram com o Prémio Nobel da Paz, simultaneamente, uma das piadas do milénio.
Não me entendam mal: também detesto Sharon, mas não desbaratem os elogios às vidas que, de facto, os merecem.
Alexandre