Dada a sucessão de tropeções que tem feito da actuação do Governo qualquer coisa mais calamitosa que o losango de José Peseiro, compreendo, perfeitamente, a necessidade inicial de recrutar profissionais de imagem para tentar maquilhar cada pequena monstruosidade semanal.
Creio, aliás, que a manobra só tem pecado por escassez. Além da relações públicas da Lux contratada por Santana Lopes, Paulo Portas deveria ter pedido uma assessora da Família Cristã; nas Finanças, Bagão Félix ficava com um responsável de marketing do Benfica Ilustrado e António Barreto, segunda figura da hierarquia do elenco governativo, deveria ter em seu auxílio uma telefonista da Saúde e Vida. Já Maria João Bustorff, no ministério da Cultura, merecia bem um decorador de interiores da Lux-Casa e Telmo Correia, caso falhasse a aquisição do senhor responsável pelo grafismo dos folhetos do Pingo Doce, deveria sondar uma esteticista de Barcarena.
Poderiam dizer de Portugal que é pobre, mas feio, isso nunca.
Alexandre