Tenho um prazer irracional em estar rodeado de jornais e revistas. O caso torna-se mais estranho quando me apercebo de que, para total desfruto da sensação, é necessário que os periódicos sejam novos, estejam por abrir, por ler. Talvez seja uma tara pela organização, mas pegar num jornal em que os cantos das folhas já apontam para todas as direcções possíveis da rosa dos ventos enerva-me. Em compensação, abrir o jornal ou a revista novinhos em folha (literalmente!) tem um sabor que só um psiquiatra dos bons poderá explicar. O cheiro do papel, a textura rugosa, o som do virar das páginas – o meu materialismo nunca me permitirá, portanto, a conversão às edições on-line. Da Newsweek aos classificados do Correio de Alguidares de Cima, vale tudo. É preciso é que venha por abrir.
Alexandre