O apoio do governo de Durão Barroso à ofensiva americana no Iraque lançou, entre nós, o medo de nos tornarmos um alvo para as retaliações terroristas. Avizinhava-se, para mais, o Euro 2004 e os marginais árabes costumam ser dados a grandes aglomerados de inocentes. No entanto e felizmente, o Euro terminou, a guerra prosseguiu, assim como as ameaças de parte a parte, e nós fomos escapando ilesos.
Julgo, hoje, perceber o truque.
Correram a imprensa desses dias de delírio futebolístico as fotos de islâmicos não-identificados nos aeroportos e rondando estádios – sabemos que alguém andou por cá, como, aliás, dita o modus operandi dos grupos terroristas: um reconhecimento prévio do terreno. Mas, circulando por aí num carrito alugado que lhes permitia percorrer o País, os potenciais operacionais enfrentaram o último baluarte das nossas barreiras defensivas: o trânsito. Se escaparam com vida, os terroristas, diante do terrível ataque de uma esquadra constituída por dois tunnings, um camionista sonolento e um chefe de família que só queria impressionar os miúdos, ter-se-ão rendido, metido o rabinho entre as pernas e voltado para casa.
Vislumbrando, pela primeira vez, o verdadeiro terrorismo, perceberam, enfim, que, ao pé dos nossos condutores, Bin não passa de um menino de coro.
Alexandre