Este fim-de-semana, estive no casamento do meu melhor amigo. Vendo-o diante do altar, ao lado da noiva, lembrei-me do dia em que começaram a namorar, oito anos atrás; de todos as vezes que jantámos juntos, que passeámos, que conversámos noites inteiras. E pareceu-me que, apesar de tudo, muita coisa aconteceu, entretanto, nas nossas vidas, muita coisa muito importante.
Até aqui, os sentimentos estavam a ser bons. Depois, o agrado começou a ser inquinado.
Olhei à volta. Onde estavam as miúdas giras que é suposto conhecermos nos casamentos? Onde estavam os outros solteiros com quem as teria de disputar durante o copo d' água? Não estavam - nem uns nem outros. Alguns jovens casais é certo, com bebés ao colo. Algumas raparigas novas, também, com cara de quem deve estar quase a acabar o ciclo. E rapazes que disputaram a liga da noiva, antes de voltarem a brincar com os carrinhos. Toda esta juventude rodeada de ternos avós e afectuosos tios.
No momento das fotografias, depois dos padrinhos, dos pais, da família da noiva, da família do noivo e todas as outras combinações de categorias possíveis, lá fui eu, sozinho, comprovar a minha presença na cerimónia ao lado dos noivos.
Momento estranho... Terei deixado passar qualquer coisa? Terei ficado congelado no tempo, sem dar por isso, enquanto todos os outros juntavam os trapinhos?
Deixa lá - pode ser que haja miúdas giras nos baptizados. Ou nas primeiras comunhões.
Alexandre