Cruzo-me, no trânsito, com um camião pertença de uma empresa promotora de desportos. Pleno de entusiasmo, leio os desportos que me prometem e imagino o meu corpo a balançar-se como uma bailarina que resolve dançar por uma última vez para a família, antes de meter no correio os papéis para a reforma. Uma tríade irresistível estende-se, em jeito de milagre, à minha frente: Paintball; insufláveis; kartcross. Tudo o que o homem pós-moderno quer e precisa. Mas, um segundo depois, o sonho esfuma-se à semelhança do gás do tubo de escape das viaturas vizinhas. No meio da lista de desportos, brilha uma palavra mortífera: Aventura. Sim, Aventura. Sem mais. Eles prometem Aventura. Sim, a informação, ainda assim, revela-se útil. Não sabia que o meu carro tem mais poder de arranque do que o Obikwelu.
Nuno