Multibanco. O que é que tenho para contar? Que fui hoje à noite saldar uma dívida ao multibanco da esquina. E que, no regresso a casa, com o recibo na mão, pensei que a resolução dos problemas da vida poderia ter esta cristalina simplicidade.
Os artistas. Os artistas andam a dificultar-me a existência. Por que é que a sinalética das casas de banho dos homens e das mulheres está cada vez mais arrojada e impossível de distinguir?
Árbitro de futebol e ministro da Educação. Duas coisas que acho impressionante alguém ainda querer ser.
Humildade poética. O poeta cândido Eugénio de Andrade é, dizem, um homem pouco dado à humildade. Confirmei-o por estes dias ao passar os olhos pelas primeiras linhas do prefácio que escreveu para os “Sonetos de Luís de Camões - escolhidos por Eugénio de Andrade” (edição Assírio e Alvim): “Há uns meses atrás, um amigo perguntou-me qual era o mais fascinante livro de poesia escrito em português. Respondi-lhe sem hesitar que seria o livro de sonetos de Camões escolhidos por mim”.
Almoço. Discutiu-se, hoje, política internacional ao almoço. E eu que pensava, como o Sttau Monteiro, que a angústia estava reservada para o jantar.
Nuno