Comprei o Público por causa do livro do Emílio Salgari, O Corsário Negro. Comprei-o porque prometi à filha da minha namorada oferecer-lhe a colecção completa da “Geração Público”. Arrependido estou, depois de ter tentado ler o tijolo de seu nome Moby Dick. A tradução é execrável, pior mesmo só as gralhas, linha sim linha sim linha sim linha sim linha sim. Arre! Sei, disseram-me, que com os outros é a mesma história (leia-se A Volta ao Mundo em 80 Dias). Que fazer? Armar-me em Lenine e deitá-los para a fogueira? É que a criança que eu mais gosto na vida não pode habituar-se a ler por aquelas folhas coladas em forma de livro. Depois, mais tarde, daqui a uns anos, lá vem o jornal outra vez com a conversa da geração rasca e dos rabos à mostra. A verdade é que me apetece bater em alguém. Andar à porrada, percebem? Tenham vergonha na cara. Sim, todos vocês aí que fazem ou mandam fazer livros como estes. Espécie de analfabetos diplomados à base de idiotice. Raios os partam!
João Pedro