Depois do estudo de impacto ambiental às obras do túnel do Marquês de Pombal ter dado razão às intenções de Santana Lopes, revelando que melhorará a qualidade do ar e reduzirá o ruído naquela zona de Lisboa, temo pelo dilúvio de mais acontecimentos estranhos.
Que um inquérito de Verão aos turistas da Figueira confirmasse que só lá passaram a ir depois da plantação das palmeiras. Que Mário Soares desabafasse ter-se oposto à indigitação de Santana como primeiro-ministro apenas porque, assim, tínhamos perdido um bom presidente da república. E que uma equipa de estudiosos da obra de Chopin viesse revelar a descoberta das suas obras para violino, já agora, ainda mais belas que as do período do piano. Que, numa informação de última hora chegada do Brasil, os descendentes de Machado de Assis confirmassem o rumor segundo o qual o escritor, aparentemente falecido em 1908, lhes aparecera, esta semana, à porta de casa, envelhecido e barbudo, mas sorridente e cheio de vida, ostentando numa das mãos uma carta proveniente de Lisboa.
De qualquer modo, estou pronto para tudo.
Alexandre