O surfista fica à toa na praia quando não há ondas. Cai vítima de uma espécie de depressão telúrica, de derrota íntima. Muitos - estou convencido - não gostam sequer de ir à água e chapinhar. O tomar banho com as outras pessoas, como as outras pessoas, não os entusiasma por aí além. Nem nadar, nem jogar raquetes. Não: ou surf ou nada. Nada não é bem assim, até porque já vi uns que jogam xadrez e outros que, sabiamente, dormem. No fundo, é como dizia um surfista aussie ao chegar a dreamland e ver o swell mais flat que uma tábua de engomar: «I think I’ll just go home and cry». Rui
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