Dançando ontem num animado bar da noite terceirense, dei-me conta do estranho fenómeno que existe em torno de "Summer Of '69", de Bryan Adams. A música tem uma data de anos e eu, pelo menos desde os meus 16, vou a discotecas e vejo os jovens, os jovens que são outros, evidentemente, com o passar do tempo e a mudança dos lugares, a vibrar sempre que ouvem os seus acordes iniciais. A gritar a letra como se fosse o fim do mundo e com o empenho de quem fala em causa própria.
Ora, a parte em que a convicção e o berreiro se tornam mais veementes diz o seguinte: "those were the best days of my life!"
"Summer of '69"?! 69?? Mas nenhum deles estava vivo na altura! Aliás, agora que penso nisso, o próprio Bryan áté era capaz de já estar vivo, mas não teria, seguramente, idade para viver "os melhores dias da vidinha dele". E se é uma esperança para o futuro, então deixem-me que vos diga que já terão todos oitenta, noventa e tal anos no próximo verão de '69.
E aí, amigos, o que a malta vai curtir com as arrastadeiras, as placas pelo ar, as cadeiras de rodas a fazer acrobacias...
Isso é que vai ser um verão.
Alexandre