Ao cabo destas quase 4 breves semanas, temos esplanado mais sobre política do que imaginaríamos à partida. Tudo bem. A coisa pública também passa, como é evidente, diante de quem está sentado ao sol e, nestes dias quentes, tem, aliás, passado mais que qualquer outro transeunte. Só me entristece ter sabido que houve pessoas que deixaram de nos ler porque acharam que seríamos um blog de direita.
Em primeiro lugar, não somos. Entre nós, temos diferentes sensibilidades políticas, umas bastante mais activas que outras, e não costumamos andar à pancadaria por causa disso.
Em segundo, mesmo que fôssemos, não me parece que esse fosse motivo para alguém, quem quer que fosse, fechar, pura e simplesmente, os olhos para não nos ver.
Em terceiro, como muito bem diz o Nuno, por que carga de água é que tudo há-de cair debaixo da política? Quem inventou e propagou que todas as acções são passíveis de ser descritas como sendo de esquerda ou de direita?
Terceiro mandamento da Lei de Borges: nem tudo é política. E nem tudo o que é política é, sequer, necessariamente de esquerda ou de direita. Cada vez menos. Há que recuar à simplicidade de pensamento que percebe isto.
Alexandre