Eu chorei a ver o “Titanic”. Minto: eu chorei a seguir a ver o “Titanic”. Não, não fiquei tocado pela relação do trágico casalinho. Chorei depois de assistir ao filme por causa daquela cena em que o barco está na vertical e prepara-se, como uma esfomeada baleia, para descer ao fundo dos mares. Imaginar o sofrimento daquela gente toda entristeceu-me. Talvez seja por isso que me emocionei ao ler a pré-publicação que o “Público” fez anteontem de “O Futuro da Liberdade”, de Fareed Zakaria, editor internacional da “Newsweek”. Sobretudo a parte final, em que este lembra que, na altura em que o Titanic começava a desaparecer, os homens – por acaso, os mais poderosos do mundo - deram prioridade às mulheres e crianças no salvamento. Isso, repito, comove-me. E nem preciso de ouvir a Céline Dion.
Nuno