Sempre que tenho que fazer a mala – como hoje – para ir de viagem é um problema. Não é raro preparar uma mala e dois sacos de viagem para uma simples semana num lado qualquer. É uma maneira como outras - das melhores, convenhamos - de divertir os amigos. Cometo disparates que ficaram famosos e que ainda hoje servem de tema de conversa. E daquela vez que o gajo levou isto e aquilo e mais um saco e uma mochila para um fim-de-tarde. Risota. Faço mal a mala como nunca fiz bem uma ficha de leitura e o problema é o mesmo: acho tudo importante e nada deve ficar de fora. As fichas acabam por ficar do tamanho do original. As malas, infelizmente, ficam muito mais pesadas que o original. É um problema de poder de síntese e de bom senso. «E se fizer fresquinho à noite?», penso eu a meio de Agosto.
No fundo, faço a mala como uma rapariga: levo o estritamente necessário para poder, depois, com calma e liberdade, escolher. Há excepções importantes: um rapaz usa só um cinto, sempre o mesmo até esgaçar. Quando isso acontece, compra outro.
Rui