Talvez à média de uma por semana, são já várias as mensagens para a caixa do Esplanar ou para a minha que perguntam/exigem que também aqui ocorra a retoma. As respostas têm seguido directamente, mas para economizar tempo e prevenir repetições, convém explicar algumas coisas.
O Esplanar tem dois nomes. O João Pedro, por motivos que me explicou e que eu compreendo (e mais não digo porque ele escolheu não o fazer), deixou de escrever. Eu nunca quis um blog, e se continuasse a escrever fá-lo-ia noutro, de raiz. Sem o João Pedro o Esplanar não faz sentido e, quanto a mim, agora que passou a circunstância que nos juntou aqui, não sinto falta de blogs. Até porque, como disse antes de escrever no Esplanar e mantive durante, a blogoesfera é acima de tudo prolongamento de um espaço mediático cada vez menos público. O público assim o quer, e nem sequer a menção a públicos diferenciados me parece ainda relevante para diferenciar ‘nichos’. E o cansaço faz o resto. Nem eu nem o João Pedro damos importância ao caso para decretar o fim de actividades – nem prometemos não voltar, bem entendido.
Dito isto, fico sempre surpreso, pela positiva, quando chegam as perguntas/desafios. E como tenho notado que, sejam elas de cá ou do Brasil, costumam ser de leitores que também escrevem (profissionalmente ou não, pouco importa), devolvo o convite. Sem um único órgão de comunicação em Português que me apeteça seguir diariamente, por que não fazer um jornal num blog? Levar o modelo do 5Dias até algo novo, talvez com sete pessoas a escrever, todas, diariamente (uma média de dois posts cada, digamos). Todos teriam de tocar vários instrumentos (política, cultura, desporto, etc.), sem repetir o mainstream nem praticar o jogo das citações e salamaleques cruzados. Perder tempo com canalhas ou anónimos nem vale a pena referir, espero. Só factos e argumentos. 14 posts por dia assim valiam mais do que qualquer dos nossos jornais, não vos parece?
Para quem sente a falta do Esplanar aqui fica o desafio. Falo por mim, não pelo João Pedro, mas comprometo-me: se se juntarem seis, não deixarei se ser o sétimo. Repito que continuo a não esperar milagres de qualquer meio, electrónico ou outro, nem a alimentar expectativas a respeito do interesse do público ou do mercado em algo como o que descrevo, por isso ando (como nunca deixei de fazer) a exercitar-me noutros formatos e línguas. Mas como gosto das vossas notícias, aqui fica mais este post. E obrigado.
CL